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“O roubo do milho”

Crónicas verídicas de Luciano Fraga, relatada por Arlete Fraga

Há muitos anos atrás, Luciano Fraga numa das suas visitas à oficina do J. Mariano (antiga loja do Bonifácio), na freguesia da Piedade, Ilha do Pico, entre outros lá encontrou o Sr. Manuel P. Burrinha (nome fictício) e J. Mariano de imediato lhe perguntou se sabia de algumas novidades da freguesia e arredores…
Luciano Fraga, logo magicou uma partidinha…
Contou-lhes que na festa de Nossa Sra. da Conceição, na freguesia da Ribeirinha, como de costume, em cima da parede do adro da igreja estavam maçarocas de milho que iriam ser arrematadas (vendidas) na dita festa e que o Manuel Homenzinho (nome fictício) se lembrou de levá-las no braçado para a sua tenda (género de armazém) ali próxima…
Após diversas viagens, levou todo o milho que afinal de contas não lhe pertencia!
Ainda chegou a ir à porta da igreja, o padre que celebrava a missa ficou aterrado quando o viu com uma maçaroca de milho em cada lado do braço, pois não entendeu o porquê e também ficou receoso por este ser ateu e ainda fazer algum escândalo à porta da sua igreja…!
Manuel P. Burrinha, cunhado de Manuel Homenzinho ficou abismado perante o relato de Luciano acerca da façanha do cunhado e disse que ele iria sofrer as consequências de tal blasfémia…
J. Mariano, sabendo do historial divertido de Luciano foi cúmplice de imediato na partida deste, fingindo-se zangado e incrédulo.
No domingo seguinte, Luciano dirigiu-se à freguesia da Ribeirinha, a uma barbearia de sua pertença e cujo empregado era M. Jora. Estava situada mesmo ao pé da igreja…
Quando lá chegou, M. Jora estava a atender o cliente A. Macedo. Este chamou-o à parte e disse-lhe:
- Luciano, o Manuel Homenzinho está furioso por teres inventado que ele tinha roubado todo o milho do adro da igreja no dia da festa! Que inclusive este tinha sido confrontado pela mulher pois esta por sua vez tinha sido confrontada pela cunhada, mulher de Manuel P. burrinha… Estavam incrédulos em como um homem tão inteligente como Manuel Homenzinho tinha cometido tal façanha! Enfim, uma grande confusão no seio familiar…!
Ao ouvir tal relato, Luciano propôs de imediato a A. Macedo para irem a casa de Manuel Homenzinho. Quando chegaram ao portão da casa, este vinha a sair e Luciano disse-lhe que tinha dito toda a história na brincadeira e que nunca pensou que o cunhado deste tivesse acreditado nela!
Então, Manuel Homenzinho disse a Luciano que as coisas não iam correr bem para ele, que o ia chamar á polícia! Acrescentou que tinha sido chateado pelos cunhados e pela mulher por causa disso e que ainda por cima toda a freguesia pensava que ele era um “amigo do alheio”!
Mais uma vez Luciano disse que tinha sido uma brincadeira mas que ele fizesse como entendesse…
Ainda voltou a falar com o seu empregado, M. Jora, acerca do assunto e ele disse-lhe que este era tolinho por ter ficado chateado com isso pois toda a gente sabia que era mentira e que era mais uma das partidas do Luciano Fraga…
Passou-se algum tempo e certo dia quando chegou à sua barbearia, deparou-se com Manuel Homenzinho sentado na cadeira para cortar o cabelo.
Este sentiu-se surpreendido por estar na cadeira do “inimigo” pois nem tinha ido longe com a história e tomado qualquer providência judicial…
Aproveitando a ocasião, Luciano brincou dizendo que lhe cortava o cabelo em troca de uma barba de milho e assim fizeram as pazes dando grandes risadas.
No ano seguinte, na Festa de Nossa Senhora da Conceição, todos se divertiram com Luciano e Manuel Homenzinho a gracejarem sobre o suposto roubo do milho do ano anterior.


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